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O olhar da vigilância

Um olhar quase sanguinário...


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Alexandre de Moraes- Ministro do STF e presidente do TSE.


O dia da mentira de 1964 foi um dia diferente...


Como já relatado por um entrevistado do ItaCast, Major Aviador Zitelli, nessa data, por volta do meio dia, as programações das rádios foram interrompidas.


O Hino Nacional foi propagado para que todos ouvissem, e o Brasil já não tinha mais João Goulart como presidente.


Com o fim da Quarta República, o Congresso elegeu para a cadeira presidencial o General Humberto de Alencar Castelo Branco.


Foram 21 anos de Regime Militar, dos quais muitas informações ditas pela imprensa foram mediadas e polidas pelos órgãos reguladores do governo vigente.


Emílio Surita, radialista, apresentador e diretor com mais de 39 anos de experiência na comunicação, já relatou diversas vezes situações que eram comuns na época desse regime rigoroso.


É fato que houveram medidas ditatoriais! É fato que vivemos em uma ditadura!


A forma como eram feitos os impedimentos de propagação de informações e notícias, se davam da seguinte forma:


Edições de jornais e revistas eram preparadas e só eram postadas após a verificação de agentes governamentais.


Notícias completas poderiam ser excluídas da edição, sem falar na proibição quanto a disseminação de materiais que pudessem conter apologias a sexo, drogas e outras coisas mais que fossem contra a uma moral mais conservadora aos olhos militares da época.


Veja! A censura surgia através da notícia montada, após elas serem escritas e desenvolvidas, um agente do governo poderia ler e ordenar a retirada dessas notícias, mas sempre após elas já serem escritas.


A censura vinha do governo, em um momento do qual o país não podia contar com instituições fortes que regulassem umas as outras, não permitindo que houvessem exceções em quaisquer decisões que fossem tomadas.


Mas o fim da governança sob mãos de ferro dos militares chegou. Mesmo com muitos prós e contras, após 21 anos de poder...


Em 1985 acontece o que muitos esperavam já há alguns anos.

A sexta República Brasileira se dá por iniciada, também denominada por Tancredo Neves como "A Nova República".


Um civil sentara novamente na cadeira de mais alto poder para a nação.


Depois de alguns Atos Institucionais, perseguições, torturas, depois do milagre econômico e do que talvez seja o período em que o Brasil mais tenha crescido, enfim o poder volta "ao povo".


O golpe de 64 foi dado com o pretexto de salvar a nação do que seria uma ditadura comunista, como as que estavam sendo instauradas em alguns países próximos, porém os milicos se esqueceram de defender um lugar muito importante, que fez com que essa tentativa de supostamente salvar o Brasil, viesse a se tornar apenas um breve atraso nos planos de torna-lo mais um ponto vermelho no mapa-múndi.


A cultura e as universidades estavam tomadas por revolucionários, após a retomada de poder popular, eles puderam sair de suas "cavernas", e conquistar muitos com seus belos e utópicos discursos, sem a perseguição militar agora.


O que supostamente poderia deixar a população tranquila, sem ter que viver diariamente com o medo de ser governado novamente por ditaduras, era que havia uma nova Constituição.


Em 1988 o Brasil pôde gozar da Constituição Cidadã. A nação tinha um rumo a seguir, com regras relativamente claras.

Toda a organização de poderes era assegurada em três esferas, isso já vinha desde 1891, porém, agora toda a confiança era depositada nessa forma de poder, onde cada órgão poderia regular um ao outro, sem que houvessem estrapolações e sem que os militares tivessem que voltar ao poder.


A “Teoria dos Três Poderes” do Filósofo Montesquieu, influenciou na criação da Constituição dos Estados Unidos. Com isso, a divisão dos três poderes da esfera política, tornou-se a base de qualquer Estado Democrático contemporâneo.


O mais antigo dos três poderes é o Poder Judiciário, uma vez que na cidade Grega de Atenas existiam tribunais formados pelo povo. Além de possuírem suas funções legislativas, tinham como principal intuito julgar as causas dos cidadãos atenienses.


A Constituição Brasileira adotou a Tripartição de Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) na Constituição de 1891 como dito anteriormente.


No Brasil, o Poder Executivo e o Poder Legislativo são definidos a partir de votação direta, enquanto o Poder Judiciário é direcionado por ministros indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado.


Por anos isso demonstrou, de certa forma, ser um método completamente válido e eficaz de governança, mas infelizmente, muitos homens se corromperam nesse caminho, o sistema se viciou e o poder tornou-se o único objetivo.


Veja como o sistema pode escravizar o povo...


Os membros do Poder Judiciário são nomeados pelo presidente, eles precisam passar por uma sabatina no Senado apenas. Adentrando ao cargo, ali ficam de forma vitalícia até sua aposentadoria.


Agora, se um presidente que é corrupto indica uma pessoa para acoberta-la e, o senado aprova essa pessoa, pois seus membros fazem parte do "toma lá da cá" da corrupção do Executivo, a nomeação desse cidadão ao judiciário fará apenas com que esses que o colocaram no poder sejam protegidos, já que é esse mesmo judiciário que julgará casos de corrupção no meio político.


Ou ainda se houver algum pedido de impeachment de algum ministro do Poder Judiciário, é o mesmo senado que o aprovou que deve aceitar a abertura desse processo.


Mas se por ventura membros do senado tiverem processos de corrupção engavetados há sete chaves na mesa do determinado ministro que é solicitado o impeachment, por qual razão esses senadores iriam tirar seu tão bom guardião de baixo da toga?


A máquina é corrompível!

Grande prova da ineficácia desse modelo é que hoje podemos nos considerar não mais cidadãos do Brasil, mas sim do "Togaquistão", o país onde os homens que vestem toga governam, criam leis, julgam quem os critica, defendem quem os mantém no poder e mandam prender quem ousar pensar diferente.


Podemos analisar como se fosse uma dinastia ou uma ditadura. A caneta deles é que rege a nação.

Infelizmente, pelo vício do sistema, ficamos como reféns dos "deuses" escolhidos para sentarem-se nas cadeiras marrom carameladas do Supremo Tribunal Federal.


O que mais revolta nessa situação é que nada e nem ninguém aparentemente pode para-los.


Recentemente o Tribunal Superior Eleitoral, presidido por um ministro membro do STF, demonstrou seu poder e soberania sobre o executivo e legislativo, até mesmo sobre o povo e a própria constituição.


As decisões arbitrárias e as medidas ditatoriais são defendidas por poucos com o pretexto de que "é uma situação diferente, o cenário é adequado para isso...".


O que essas mesmas pessoas esquecem é que grandes ditadores que escravizaram o povo e derramaram sangue ao seu bel prazer, não acordaram em um belo dia de quarta-feira e decidiram tomar o poder e buscar a conquista como o Dr. Gori, antes de morrer em frente ao Spectreman.


Ditadores e tiranos, em sua grande maioria, primeiro criam uma situação, criam circunstâncias das quais se torna possível ser o dono absoluto da razão.


Veja os exemplos demonstrados no filme "V de Vingança" de 2006, onde o governo totalitário inglês tem como pretexto um vírus mortal que está dizimando o mundo, e o povo só pode sobreviver sobre a tutela que nunca dorme do governo.


Ou ainda o exemplo demonstrado no livro "1984" de George Orwell, onde o "Grande Irmão" tem uma vigilância invasiva frequente sobre o povo e, através de diversos ministérios, como o da Paz, o do Amor e o da Verdade, faz a guerra, tortura, mata e altera dados em nome dos títulos dados aos ministérios.


Se já não fosse o suficiente, temos a nosso alcance o livro "A Revolução dos Bichos" do mesmo autor anteriormente citado, onde os animais se revoltam com os humanos, logo após terem o poder, o porco se coloca como líder, demostrando que é preciso ter alguém a ser seguido, a partir daí, o mesmo torna-se um novo "humano" na vida dos animais.


Esses exemplos todos ficcionais fazem comparações alegóricas a tiranos reais como Stalin, Pinochet, Saddam Hussein, Mao Tsé-Tung, Mussolini, Hitler... Infelizmente, a lista continua por horas e horas de leitura, mas prefiro parar com esses nomes apenas, pois acredito ter ficado claro que, na vida real, também temos vastos exemplos como base de tirania, totalitarismo e ditadura.

A própria COVID-19 foi um grande exemplo de situação utilizada para controlar a população.


O cenário foi de puro autoritarismo em todo o mundo, onde você era, e ainda é, obrigado a vacinar-se, obrigado a trancar-se em casa, obrigado a usar máscara, obrigado a não questionar o processo de desenvolvimento da vacina, obrigado a se quer dizer sobre a doença em redes sociais como YouTube, para não sofrer boicotes do algoritmo.


O Estado mandou, foram ordens vindas da cabeça de alguém que detém o poder, poder esse que mostrou-se absoluto quando trata-se de controle totalitário.


Misericórdia a homens e mulheres que deparam-se dia após dia com medidas mais rígidas e autoritárias como as do governo Chinês.


Baseado na história real do mundo em que vivemos e também do mundo da ficção que somos capazes de criar, resta aos brasileiros agora decidirem se aceitaram que circunstancias e situações sejam criadas para que ditadores mantenham-se no poder.


Ou o Brasil se levanta de seu berço esplêndido de hipocrisia como nação forte e livre, ou viveremos em uma era de uma novo Alexandre, o grande.

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