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Chuva e destruição

A cidade ribeirinha do oeste paulista


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Foto tirada dia 03/01/2022 na Av. Campos Salles, esquina com a Rua José Trevisan.


Na noite dessa última segunda-feira (02/01) Itápolis foi cenário do que pode-se chamar "catástrofe ambiental", onde diversos pontos da cidade sofreram alagamento e deterioração por conta da forte e longa chuva que caiu sobre a cidade.


É bem verdade que todos os anos as ruas tornam-se palco para casos como esses, a população já sabe inclusive que, quando fortes chuvas caem, a avenida Frei Paulo Luig, a rua José Trevisan, a avenida dos Amaros e muitos outros logradouros ficam impossíveis e arriscados de serem transitados.


Tão arriscados que por diversas vezes é testemunhado por moradores a destruição que as fortes enxurradas e enchentes causam a veículos, muros, calçadas, asfalto e outro bens públicos e privados, tento feito até mesmo vítimas fatais em anos anteriores.


Muito se levanto quanto a culpabilidade do setor executivo pela não retenção da água trazida pelas chuvas, porém o que muitos deixam passar é o fato de que Itápolis tem atualmente 160 anos de existência.


É claro que a administração pública tem sua grandiosa parcela de culpa pela incapacidade de realizar obras que resolvam ou amenizem de forma eficaz transtornos causados pelas chuvas, mas a população de todos os anos de existência da cidade carrega a maior culpa com toda certeza.


O que se vê ao longo de toda a extensão dos rios e córregos que cortam o município são diversas edificações que não se satisfizeram em ocupar apenas as margens, mas também, muitas delas, ocupar um espaço físico sobre os próprios rios e córregos.


Essa bela engenharia ribeirinha adotada por diversas gerações de itapolitanos faz com que toda uma sociedade nos dias atuais sofram com as dificuldades que a tão aguardada chuva trás.

A cidade tem vasto território rural, o que faz com que os proprietários de plantações e pastos aguardem ansiosos pela vinda dos meses chuvosos, em contrapartida esses que tanto aguardam esses tempos, carregam no peito a preocupação de poder perder entes queridos e espaços públicos e privados no decorrer de tempestades.


A cidade é construída literalmente dentro dos rios que cortam o quadrilátero central, isso faz com que, além das margens, os rios tenham como que "tetos" sobre eles.


O que mais deveria causar indignação, além da carência de infraestrutura adequada, careceria que fosse a falta de empatia de toda uma gama de proprietários que, mesmo vendo as dificuldades e transtornos causados pelas fortes chuvas, não desapropriam ou abrem mãos de seus imóveis construídos sobre a malha aquífera da cidade.


As edificações continuam lá, sobre os rios e para piorar, alguns proprietários imobiliários da cidade, mesmo já vendo a necessidade de desapropriação dessas edificação, tentam iniciar construções completamente irregulares, que sem sombra de dúvidas, só irão colaborar para que esse problema aumente ainda mais.


O mal dos alagamentos e enchentes da cidade das pedras vai além da ineficiência do setor público! Esse é um problema social, onde a ambição e o egoísmo são as edificações que devem ser primeiro demolidas, antes de qualquer outra desapropriação na cidade.

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